Principais golpes digitais em apps e como se proteger
Descubra os principais golpes digitais em apps e saiba como se proteger deles. Dicas práticas para evitar fraudes online.
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Panorama atual: no Brasil, ataques cresceram muito. Em 2022 houve mais de 103 bilhões de tentativas, e só no 1º trimestre de 2025 a PSafe registrou mais de 5 milhões de tentativas.
Pessoas de todos os perfis são afetadas todos dias. Muitas vítimas perdem dinheiro ou têm dados expostos ao usar aplicativos e a internet.
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Criminosos exploram comportamentos comuns em aplicativos e redes sociais. Eles usam mensagens que pedem ação imediata para pressionar o usuário.
Este texto mostra por que é crucial manter atenção e adotar hábitos simples: revisar permissões, ativar autenticação e confirmar informações em canais oficiais.
Nas próximas seções, vamos detalhar os principais tipos de golpes e como reconhecer sinais para evitar cair. Informação e verificação continuam as melhores defesas para proteger amigos, familiares e seu celular.
Principais aprendizados
- Fraudes crescem no país; dados oficiais mostram aumento significativo.
- Pessoas de todas as idades podem ser vítimas.
- Pequenas ações em apps reduzem riscos.
- Desconfie de pedidos urgentes e confirme em canais oficiais.
- Proteja dados e dinheiro com autenticação e revisão de permissões.
Cenário atual no Brasil: volume de golpes digitais e por que todos estão na mira
Relatórios recentes evidenciam como a rotina conectada ampliou o alcance dos criminosos. Em 2022, o Senado registrou mais de 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. No 1º trimestre de 2025, a PSafe detectou mais de 5 milhões de tentativas em apps e redes.
O levantamento do DataSenado (2024) mostra que 24% dos brasileiros já foram vítimas e perderam dinheiro em fraudes. Esses números deixam claro o ritmo e a escala do problema.
O aumento de pessoas conectadas, o uso intenso de internet móvel e a facilidade para enviar mensagens em massa explicam por que muitos estão na mira.
Criminosos aproveitam distração, pressa e multitarefa para aplicar golpes com alta taxa de sucesso. As tentativas ocorrem em vários canais: redes sociais, apps de mensagem e e‑mail. Estatísticas e monitoramento de dados ajudam a priorizar ações de segurança e educação contínua.
- Quantifique: acompanhe os números e padrões.
- Entenda: fraudes atingem todas as idades e perfis.
- Aja: medidas simples reduzem riscos no dia a dia.
Golpes no WhatsApp e redes: clonagem de conta, perfil falso e pedidos urgentes de dinheiro
Mensagens que parecem vir de amigos ou parentes são a porta de entrada para muitos golpes no WhatsApp e em redes sociais.
Dinâmica: golpistas clonam uma conta ou criam perfil falso e enviam mensagens com emergência, pedindo transferência por Pix. A linguagem é afetiva e menciona familiares para aumentar a pressão.
Antes de transferir dinheiro, confirme por outro canal: ligue para o contato real ou verifique em videochamada. Muitos pedidos vêm com narrativa convincente, mas erros de gramática, pressa excessiva ou mudança de número são sinais de alerta.
Configurações essenciais: ative a verificação em duas etapas, defina um PIN e proteja o código de 6 dígitos. Restrinja foto e status para contatos apenas.
Ação | Por que fazer | Como |
---|---|---|
Verificação em duas etapas | Evita sequestro da conta via código | Configurações > Conta > Verificação em duas etapas |
Não compartilhar códigos | Códigos permitem invasão e roubar dados pessoais | Jamais enviar código recebido por SMS/app |
Revisar dispositivos conectados | Remove acessos não reconhecidos | Configurações > Dispositivos conectados > Desconectar |
Avisar contatos | Reduz alcance do golpe | Enviar mensagem breve a amigos familiares e pedir checagem |
Se a pessoa suspeitar de clonagem, registre Boletim de Ocorrência e informe a operadora. Configure alertas de segurança e não compartilhe senhas nem códigos. Agir rápido protege você e seus contatos.
Golpes digitais via phishing e smishing: e-mails, SMS e mensagens com links maliciosos
Phishing e smishing usam e‑mail, SMS e mensagens para levar pessoas a páginas que têm o objetivo de roubar dados ou credenciais.
Sinais de alerta: senso de urgência, promessas de prêmios, faturas atrasadas, pedido de “atualização de cadastro” ou anexos inesperados. Esses sinais costumam pressionar para clicar links ou informar dados.
Sinais de alerta: urgência, prêmios e atualizações
Passe o mouse sobre links para ver o destino antes de clicar links. Desconfie de domínios parecidos; sites governamentais legítimos terminam em gov.br.
IA em áudios e vídeos que imitam pessoas
A inteligência artificial já cria áudios e vídeos falsos que imitam vozes de autoridades ou familiares. Esse conteúdo aumenta a persuasão e exige checagem extra em canais oficiais.
Boas práticas
- Não clicar links de mensagens não solicitadas; abra sites digitando o endereço.
- Verifique domínios e use canais oficiais do serviço para confirmar cobranças.
- Reúna evidências (print, link, número) e registre BO; denuncie à plataforma.
Pequenas verificações reduzem vazamentos de dados e mitigam impactos quando uma pessoa detecta o golpe a tempo.
Promoções falsas no Instagram/TikTok e cupons de lojas conhecidas
Perfis falsos nas principais redes visuais usam a identidade de marcas para atrair compras e sorteios.
Muitos perfis copiam logotipos, fotos e tom das publicações de lojas conhecidas para gerar confiança rápida.
Estratégia: anunciam cupons ou sorteios e pedem “validação” por cartão ou Pix. Em seguida, solicitam dados pessoais em formulários externos que parecem profissionais.
Como checar antes de pagar
- Verifique CNPJ no site da Receita Federal e compare razão social, telefone e endereço com o site oficial da empresa.
- Peça Nota Fiscal antes de qualquer pagamento e confirme se os dados batem com o CNPJ.
- Evite clicar links; abra o site da marca digitando o endereço no navegador.
Sinais que indicam risco
Procure erros no layout, URLs estranhas, links encurtados sem contexto e preços tentadores muito abaixo do mercado.
Alerta | O que fazer | Por que importa |
---|---|---|
Perfil sem selo verificado | Compare com página oficial da marca | Reduz chance de cair em perfil falso |
Pedido de cartão ou Pix para “validar” | Não pagar; contate a empresa por canal oficial | Previne perda de dinheiro e roubo de dados |
Anúncio pago que parece oficial | Verifique CNPJ e solicite Nota Fiscal | Golpistas usam anúncios para parecer legítimos |
Formulário externo pedindo muitos dados | Não preencher; solicite atendimento oficial | Evita coleta indevida de informações pessoais |
Se você suspeitar de golpe, guarde prints, URLs e comprovantes. Essas evidências ajudam no BO e em reclamações a órgãos de defesa do consumidor.
Falso suporte técnico e golpes com aplicativos de acesso remoto
Uma pessoa pode ser induzida a instalar um aplicativo de acesso remoto após receber um contato que alega um problema na conta do banco.
O roteiro é breve: ligação ou mensagem urgente, afirmação de invasão e a orientação para baixar AnyDesk ou TeamViewer. Em seguida, o invasor pede permissão para controlar o aparelho.
AnyDesk/TeamViewer: quando “suporte” pede acesso
Conceder controle permite ler SMS, capturar códigos de verificação, trocar senhas e completar transações. Vítimas perdem acesso e têm dados expostos.
“Banco legítimo não pede instalação de apps nem solicita senhas ou tokens por telefone.”
Proteção e passos após o ataque
- Encerre a ligação e valide no app ou pelo telefone oficial no verso do cartão.
- Não instale ou autorize controle remoto sem checagem em canal oficial.
- Ative notificações de segurança, revise dispositivos confiáveis e bloqueie a conta se notar movimentação.
- Se houver prejuízo, troque senhas, revogue acessos, comunique o banco e registre BO; monitore extratos.
- Treine familiares e colegas para reconhecer este tipo de golpe e adotar resposta padrão.
Fraudes ligadas a compras online: links de rastreio falsos e anúncios pagos enganosos
Notificações de entrega são usadas para enganar quem compra pela internet. O Comprova já documentou mensagens falsas com “rastreie sua entrega” que levam a páginas clonadas.
Essas mensagens contêm links que pedem dados de cartão ou instalam apps maliciosos. O objetivo é capturar informações e induzir pagamentos indevidos, usando números aleatórios e linguagem convincente para simular legitimidade.
Como se proteger na prática
Cheque o status da compra direto no site ou app da loja ou do transportador. Não clique em links recebidos por SMS ou WhatsApp.
- Os Correios não cobram por SMS para liberar encomendas; desconfie de cobranças.
- Verifique o CNPJ na Receita Federal e peça Nota Fiscal antes de pagar.
- Use cartões virtuais e limites de transação para compras online.
Se houver prejuízo, guarde prints, URLs e números envolvidos. Registre BO e contate seu banco para contestar pagamentos. A ação rápida aumenta a chance de recuperação para a vítima.
“Verifique sempre a origem antes de fornecer qualquer dado; empresas legítimas não pedem pagamento por SMS.”
Quando o golpe mira seu dinheiro: “Pix errado”, chamadas de robôs e o golpe do plantão
Golpes que miram o seu dinheiro usam rotinas de pressa para forçar decisões erradas. Entender o fluxo ajuda a evitar perdas e proteger a conta pessoal ou da empresa.
“Pix errado”: devolução segura e MED do Banco Central
No chamado “Pix errado”, o golpista envia um valor e pede que você devolva para uma terceira conta. Nunca faça nova transferência para outro número.
Use a função Devolver no próprio app para que o valor retorne ao remetente. Se houver perda, acione o banco e registre BO.
Instrumento | O que faz | Números recentes |
---|---|---|
Mecanismo Especial de Devolução (MED) | Permite tentativa formal de retorno pelo BC | 719.853 solicitações (jan‑fev) |
Solicitações aceitas | Devolução total/parcial via MED | 289.789 casos — R$ 30,7 milhões |
Valor informado | Total de pedidos via MED | R$ 1,1 bilhão |
Robocalls que citam dados reais
Ligações automáticas podem mencionar nomes, CPF ou transações reais para ganhar confiança.
Desligue e confirme pelo canal oficial do órgão ou do banco. Pedidos de senhas, códigos ou pagamentos por telefone são sinal de fraude.
Golpe do plantão: engenharia social em horário crítico
Criminosos se passam por chefes e pedem acessos ou credenciais, explorando urgência e hierarquia.
- Validar identidade com palavra-chave ou protocolo interno;
- Exigir fluxo de aprovação e multifator para operações sensíveis;
- Documentar o contato e reportar à Polícia Civil e à própria empresa.
“Banco legítimo não pede sua senha, código ou acesso remoto por telefone.”
Fique atento: muitas vezes a pressa é arma do golpista. Verificar identidade, manter protocolos e registrar evidências reduz risco de perda de dinheiro e de roubo de dados pessoais.
Próximos passos para reforçar sua segurança digital hoje
Comece hoje com ações práticas que reduzem riscos e reforçam sua proteção online.
Ative autenticação em duas etapas em apps críticos, revise permissões e mantenha sistemas atualizados. Use senhas fortes e um gerenciador, separe e‑mails e números para cadastros sensíveis.
Não clique links sem validar a URL; prefira domínios oficiais (ex.: gov.br). Configure limites e notificações no cartão e no Pix. Prefira cartão virtual em compras e monitore extratos com frequência.
Oriente familiares, combine uma palavra‑chave para confirmações e mantenha um canal alternativo. Em empresas, formalize aprovações e treine equipes contra engenharia social.
Se desconfiar, desconecte, troque senhas, reúna evidências, contate o banco e registre BO. Adote antivírus, filtros de phishing e backup. Pequenos hábitos todos os dias ampliam sua segurança digital.